segunda-feira, 10 de março de 2008

Desejos

Esse é mais um dos meus poemas espero que quem o leia o aprecie:

Como ao poeta,
A mim foi dado o dom de amar
E como ao poeta,
A mim foi negado o dom de ser amado.

Como ao poeta,
Que chora a dor em palavras
E transforma em versos as lágrimas
A mim foi entregue este cruel legado
De querer sempre ter o intocável.

Como ao poeta,
A mim foi dado o louco querer
De desejar o amor que esta acima de meus braços
Buscando-o sempre no intimo do meu ser
Arrebatando-me como fogo intenso na fria noite.

Como ao poeta das trovas medievais
Em mim se aglutina a infâmia da moral
Que de longe castiga
Deixando me, somente, a observar
A bela dos meus sonhos.

Aqui jaz este poeta
Que sempre ama,
Mas nunca é amado
E que carrega em si a marca
De todos os seus desejos intocados.

Seria este o fim?
Será que ainda esta por vir?
O dia em que essa sina
E todo o seu veneno sairá de mim?